A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta quarta-feira (14), a volta da mpox como uma emergência de saúde pública de importância internacional. O alerta foi emitido devido ao aumento dos casos na África e ao risco de uma nova pandemia global. Esta decisão reflete o mais alto nível de alerta da OMS.
Segundo a Agência Brasil, durante uma coletiva de imprensa em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que os surtos de mpox, especialmente na República Democrática do Congo, têm preocupado há mais de uma década. Em 2024, o número de infecções ultraou o total de 2023, somando mais de 14 mil casos e 524 mortes.
“A OMS está empenhada em conter os surtos de mpox na África e alerta que o cenário atual deve preocupar a todos”, declarou Tedros. “O comitê de emergência se reuniu e confirmou que a situação constitui uma emergência de saúde pública de importância internacional.”
O CDC África já havia classificado a situação como uma emergência de segurança continental, destacando a rápida transmissão da doença na região. Jean Kaseya, diretor-geral do CDC África, alertou sobre a disseminação veloz do vírus.
Tedros enfatizou a necessidade de uma resposta internacional coordenada para interromper os surtos e salvar vidas. “Uma emergência de saúde pública de importância internacional é o mais alto nível de alarme”, concluiu.
Em maio de 2023, a OMS havia retirado a mpox da lista de emergências de saúde pública. No entanto, a persistência dos surtos e o surgimento de novas variantes obrigaram a entidade a rever essa decisão.
A mpox é uma doença zoonótica viral que se transmite por contato com animais infectados, pessoas ou materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores no corpo e linfonodos inchados. As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo, causando preocupações adicionais de saúde pública.
A OMS reforça a importância de manter a capacidade de teste e resposta. O risco é particularmente alto para pessoas com HIV não tratado. A vigilância continua sendo crucial para prevenir a disseminação global.
A situação atual exige atenção redobrada e ações imediatas para evitar que a mpox se torne uma ameaça ainda maior à saúde pública mundial.
